Foragido desde 2013, Luiz Carlos Perin compareceu à audiência.
Evaldo José Nalin foi morto a tiros casa em outubro de 2010.
Luiz Carlos Perin, acusado de ser o mandante do assassinato do vereador de Analândia (SP) Evaldo José Nalin, em outubro de 2010, é julgado nesta quinta-feira (29). O réu, que era considerado foragido desde janeiro de 2013 quando o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou a prisão preventiva dele, compareceu ao Fórum de Itirapina nesta manhã.
A audiência, que começou às 9h, está prevista para terminar no início da noite. Segundo o TJ, cinco testemunhas de defesa, três de acusação e sete jurados participam do processo, que está sob o comando do juiz Felippe Rosa Pereira e da promotora Fernanda Hamada.
Parentes e amigos do vereador se concentraram em frente ao fórum. Com cartazes, eles pediam a condenação do réu. A mulher do vereador e o filho dele chegaram juntos ao local. Para o tio da vítima, o momento é doloroso. “A gente espera que, se ele for realmente culpado, que seja condenado”, disse o pecuarista Alfredo Nalin.
Adriana Nalin, irmã da vítima, relatou que a família está otimista e espera a condenação. O advogado e assistente de acusação, Ariovaldo Risola, disse acreditar que a sentença seja favorável, pois tem vários indícios, como escutas telefônicas, que comprovam que Perin foi o mandante do crime. Já o advogado do acusado, Guilherme San Juan Araujo, afirmou que não há provas e acredita na inocência do cliente.
O caso
O então vereador Evaldo José Nalin (DEM) foi executado a tiros, em casa, em outubro de 2010. Luiz Carlos Perin ficou seis meses preso, mas foi solto em abril de 2012. Ele também é acusado de intimidar testemunhas do caso.
Para a polícia, o assassinato teve motivação política, já que o vereador dizia que recebia ameaças depois de ter feito denúncias de irregularidades na Prefeitura.
Em um áudio gravado durante uma sessão da Câmara de Vereadores, a vítima disse que uma das ameaças foi feita pelo ex-prefeito José Roberto Perin, irmão de Luiz Carlos Perin.
O suspeito do assassinato, André Picante, morreu em janeiro de 2011, após ser atropelado por um carro em uma rodovia próxima a Carapicuíba, na região metropolitana da capital paulista.
O acusado de mandar matar o vereador, que trabalhava como professor de educação física na Prefeitura, chegou a pedir afastamento do cargo por dois anos em 18 de fevereiro de 2013, quase um mês depois de ter sido expedida ordem para a prisão dele. Em outubro do ano passado, ele foi exonerado do cargo. A demissão aconteceu após um processo administrativo que apurou a falta disciplinar por abandono de emprego.
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