Durante alguns meses os cidadãos Analandenses e os turistas tiveram grandes transtornos no centro da cidade, devido aos buracos da obra da cobertura do calçadão, tudo superável com a promessa de que seriam temporários, mas hoje vemos que foi só transtornos.
A prefeitura contratou um projetista a custo de ouro, R$ 37.000,00 ,o Sr Cláudio Augusto Tomazela para elaborar e calcular o projeto, obra discutível, quanto a melhora que traria para a vida do cidadão Analandense.
O caso é que o projeto foi de boa qualidade e não deve ser contestado tecnicamente, pois fora feito por Engenheiro competente, amparado por sondagem do solo e devidamente calculado para suportar a devida carga e tração a que seria submetido.
O que nos deixa pensativo sobre a empresa Paulo A. M. Ribeiro ME é que ela executou a visita técnica para tirar qualquer dúvida operacional entre o projeto e a exequibilidade da obra, ou seja, este seria o momento adequado para se fazer as peguntas pertinentes à obra e ponderar a real capacidade de realização da mesma.
O fato é que a Empresa iniciou as obras, executando-as em total desacordo com caríssimo projeto, colocando em risco a qualidade do empreendimento, isso tudo em comum acordo com a prefeitura, que no contrato assumiu " a função de fiscalizar ", dever que não precisaria ser objeto de contrato.
Outro ponto que podemos abordar é que o poder executivo não pode alegar ignorância, pois exibe em seu quadro de funcionários dois Engenheiros Civís que NÃO DEVERIAM TER PERMITIDO O INíCIO DAS OBRAS, ( ordem de serviço de 22/02/2010 assinado pelo Engenheiro civil Paulo Ricardo Monti Pinheiro crea 147610/0) pois o maquinário apresentado não era compatível para realizar a obra projetada.
O Sr Paulo A. M.Ribeiro, profissional de mais de 35 anos de experiência, segundo depoimento próprio, sente-se lesado, pois executou parte da obra mesmo em desacordo com o projeto, em comum acordo com a prefeitura , o que lhe custou muito trabalho, 10 caminhões de concreto, além de ferragens, prejuizo de muitos milhares de reais, mas pelo fato de ser Engenheiro Civil assumiu o risco, não lhe sendo possível alegar que não sabia o que estava fazendo.
O assessor do prefeito, o Sr José Roberto Perin ex prefeito que recebeu o dinheiro em 2008 e também não conseguiu realizar a obra, mas se pronunciou no jornal tribuna livre do dia 21/08/2010 e disse:
-Que "achou por bem atender um pedido dos vereadores aliados, que estão preocupados e irá iniciar um processo administrativo para cancelar o contrato ", mas como ele pode achar alguma coisa, atender ou não atender se está tudo errado ? O caso é de justiça.
-E faz outro pronunciamento dizendo que 1 dos problemas é que, ele mesmo afirma que são muitos, "as medições estavam erradas", algo contraditório, pois logo a frente ele afirma" os maquinários pesados poderiam danificar o piso", oras como ele queria uma medição correta se a máquina utilizada estava errada ? E ainda justifica o erro .O caso é que não se trata mais de querer ou não querer anular, a obra não será realizada, pois apresenta sérios problemas que colocariam em risco vidas e muito dinheiro público, coisa que parece nào se importar.
- O assessor se refere aos vereadores aliados quando diz: " os vereadores aliados estão dando apoio incondicional" , o que não é bom, pois estes deveriam somente apoiar as ações do executivo com a condição de que estas fossem corretas. Mais um ponto que chama a atenção é quando o assessor se refere aos vereadores aliados, "estão preocupados", mas nenhum dos dito aliados compareceram na sessão que trataria deste assunto, qual a preocupação deles? Estiveram de férias por 2 meses, exceto alguns por motivos de doença não puderam comparecer, mas alguns deles foram vistos no outro dia trabalhando normalmente em outros afazeres que não o de vereador, que lhes rende R$ 1.800,00 mensais.
Mas quem realmente estiveram preocupados foram os cidadãos que comparesseram à sessão para tentar a solução do caso e através da Ong Amasa conseguiram identificar os problemas, que elaborando parecer, entregou cópias a todos os vereadores , sendo que muitos que se dizem preocupados nem ao menos apareceu na sessão, muito menos fizeram até agora qualquer pronunciamento sobre o caso , deixando este encargo ao ex prefeito, o qual fica em evidência, sendo o maior responsável por tudo.
- Quanto ao processo licitatório tudo leva a crer que foi dirigido, o que o torna nulo e pode ser acionado por qualquer cidadão, direito constitucional que o cidadão já está informado e saberá usá-lo, não precisando do poder executivo entrar em ação, visto ser ele o grande responsável pelo ocorrido, deixando muitas dúvidas sobre a sua real competência.
- O prefeito não se pronunciou, parece até não estar preocupado com o que está assinando, quem se manisfesta é o ex-prefeito , que em sua longa trajetória política demonstra desgaste, falta de crediiblidade e condenações judiciais que já causam grandes prejuizos aos cofres.
O problema se agrava a cada dia, ao ver que irregularidades em processos licitatórios em Analândia são mais comuns do que se imaginava e até a assessora jurídica diz "O processo de licitação da obra aconteceu dentro dos padrões normais", o que causa mais medo ainda, a pergunta é, isso é normal ? Um exemplo é a av 8, julgada irregular pelo Tribunal de Contas do Estado apresenta muitos casos de superfaturamento e pagamento a mais por serviços não realizados, e outros casos que irão aparecer.
A grande preocupação é com o futuro de nossa cidade, pois precisamos sim de obras, mas de qualidade, que somente teremos se conseguirmos efetivamente a competitividade entre as empresas que realizam as mesmas.
Precisamos ter melhor CUSTO BENEFÍCIO nas obras de nossas cidade, quadro que em nada se parece com a realidade atual, pois somente se consegue com a realização de licitações justas, que não deixem brechas para eventuais desvios de dinheiro público.