Analândia está em perigo. Esse perigo pode morar ao lado .

Analândia era uma cidade tranquila, mas há 7 meses acabou toda esta tranquilidade. Um amigo, uma autoridade, um ser humano foi brutalmente assassinado. Tudo indica, e o Ministério Público acredita nisso, que "foi crime político". Nalin morreu tão somente por que exercia sua função fiscalizadora. Nada mais natural para quem foi eleito vereador. Ele denunciava irregularidades na Prefeitura de Analândia. Aliás, sobram indícios de irregularidades na administração municipal. Só não vê quem não quer, quem  se beneficia para não ver ou, por último, quem é cego!

Luis Carlos Perin, o Chiba,  foi preso. Ele é primo do atual prefeito Luisinho e  irmão do ex-prefeito. É acusado pelo MP de ser o mandante do crime. Claro que a prisão do acusado trouxe alivio e sensação de Justiça. Isso é muito importante. Como disse o promotor Luis Bevilaqua, "o elemento (Chiba) era perigoso, foram encontrado muitas armas, bombas e rádios transmissores em sua residência, o que confirmou a periculosidade do individuo, a prisão foi necessária para restabelece a paz na pacata Analândia",   Chiba era temido na cidade. Já respondia a vários processos, por suspeita de sequestro e cárcere privado, uso de arma de fogo, etc. Mas todos sabem na cidade que Chiba  é apenas um elo nessa história toda. O verdadeiro arquiteto dessas tramas, a verdadeira cabeça pensante dessas maldades é outro. Ninguém acredita que Chiba tenha a capacidade de arquitetar, armar todo esse enredo. O cabeça-chefe não seria ele. Chiba seria apenas uma peça nesse quebra-cabeça. Como disse uma testemunha, ele teria levado o dinheiro aos mercenários que fariam o serviço. Foi de outra pessoa a ordem para mandar matar um pai de familia, deixando três filhos ainda jovens e uma mulher traumatizada, horrorizada pois assistiu ao bárbaro crime, que destruiu o cérebro de seu esposo com 7 tiros. O problema é que o mandante maior, a cabeça-pensante, o chefe, que seria o  maior beneficiado até agora com a brutal execução de Nalin nada sofreu. Anda livre por aí, sem ser importunado.
Após cinco meses de prisão,  e após 7 tentativas de soltá-lo com habeas corpus e tudo o mais e muita invenção e produção de falsas provas, muitas forjadas para beneficiar o acusando, os advogados tentaram desviar o foco do objeto da ação. O foco é um só: um homem de bem foi assassinado, através de crime de mando. Descobrindo a origem do dinheiro, chega-se ao mandante maior. Se o caso continuar no rumo em que está, vão acabar dizendo que o Nalin suicidou-se. Enquanto isso o acusado continua solto. Quem está presa em casa, com medo, é a família da vítima. A Justiça tem dessas injustiças: respeita os direito humanos dos acusados de crime, não os das vítimas e suas famílias.
É estranho que após um saque de cerca de meio milhão de reais o caso comece a degringolar. Os argumentos e documentos que ampararam o pedido de soltura de Chiba não convenceram o Ministério Público. Especialmente porque tais documentos foram produzidos às escuras, fornecidos pelo réu. Em despacho anterior o próprio juiz admitiu que "a familia do réu - ora em liberdade - fez de tudo para atrapalhar as investigações". Houve de tudo um pouco: gravações foram forjadas, pessoas foram compradas para mudar depoimento, testemunhas foram ameaçadas e coagidas, tentou-se incriminar pessoas inocentes.
O principal artífice dessas tramóias contra a Justiça está respondendo a vários processos. Mas a Justiça não parece só cega. Mostra-se surda, lenta...

Mas o ponto do dia é um só: hoje teve um assalto em Analândia, um suposto motoqueiro com capacete, armado, rendeu um motorista de um caminhão que descarregava mercadoria em um supermercado da cidade, fugindo em seguida. A policia foi acionada de imediato e fez o seu papel. Buscou de todas as formas localizar e achar o ou os bandidos. Saíram pela pista rondaram as redondesas, mas nada acharam. É aí que mora o perigo. Talvez o bandido, o ladrão tenha ficado na cidade. Ele pode morar por aqui, em algum loteamento e estar a espreita, observando pronto para atacar novamente e não sabemos qual será o próximo serviço que ele fará.

Todos aqui temem, talvez algum interesse maior que esteja por trás de tal fato. Acreditamos que foi uma tentativa para entender a ação da policia, como ela reage nessas situações e abrir frente para novas investidas. Ninguém descarte a possibilidade de que novos crimes, e até um novo assassinato possa ocorrer. Até porque nenhum bandido foi condenado ainda pelo assassinato do saudoso Nalin. Impera a sensação de impunidade. E o que também é ruim: as denuncias de irregularidades na prefeitura estão longe de acabar, e foram por causa dessas denúncias que Nalin teria sido assassinado, "pois atraplhava os planos políticos de uma familia".

Um ponto relevante que deve ser lembrado é que o único local comercial da cidade que dispõe de um sistema de filmagens é o Auto Posto Colina, posto de combustivel da entrada da cidade, que também nada filmou na ocasião do assassinato do vereador Nalin, que segundo informações não gravou pois acabou a energia bem na hora em que o suposto mandante entregava o dinheiro para pagar os assassinos de Nalin.
Pelo que foi divulgado, hoje nem o posto de combustivel esta filmando mais, pois o Delegado apreendeu o sistema de gravação para investigar a morte de Nalin e até a presente data não devolver tais equipamentos, que seriam importantíssimos caso venham a ocorrer novos crimes em nossa cidade, fato que muitos moradores estão preocupados, com toda razão, pois o bandido pode morar em nossa cidade.
Analândia dispõe de pouco efetivo policial, não tem seguranças particulares e nem ao menos tem um conselho de segurança atuante, tal como o Conseg, que há algum tempo tentou-se formar na cidade, inclusive com a ajuda do vereador Nalin, pessoa que fez muito empenho em que este conselho fosse formado e pediu na época que câmeras de monitoramento fossem instaladas em ruas da cidade, exatamente para coibir abusos e crimes como o que acabou com sua vida!
Precisamos nos cuidar, autoridades, cuidem para que nada de ruim volte a acontecer em Analândia!