Vereador recebe voz de prisão de promotor por mentir em audiência
João Carlos Cerbi disse que viu funcionários fantasmas trabalhando na Câmara Municipal
Um vereador de Leme foi levado para a delegacia na terça-feira (26), pois, segundo o Ministério Público, deu um falso testemunho durante uma audiência pública. Ele é uma das testemunhas de um processo que investiga desvio de verbas na Câmara Municipal.
A denúncia foi feita pelo Ministério Público. O vereador José Giacomeli é acusado de peculato, por ter desviado verbas públicas. Entre 2006 e 2008, período em que foi presidente da Câmara, ele contratou dois funcionários para cargos de confiança, mas, segundo a promotoria, eles nunca exerceram as funções.
Somados os valores pagos em salários, a quantia chega a R$ 75 mil. A assinatura dos supostos funcionários fantasmas estão em holerites e também no documento de posse, mas em nenhum ofício, o que para a promotoria é a prova de que eles nunca trabalharam. “Além de documentos, o MP apresentou oito testemunhas que confirmaram que eles não frequentavam diariamente a Câmara. Só apareciam para tomar café ou para receber os pagamentos”, disse o promotor Daniel Serra Azul.
Em uma audiência pública sobre o caso na terça, duas das testemunhas ouvidas contaram uma versão diferente. O vereador João Carlos Cerbi e um porteiro da Câmara disseram que viam sempre os supostos funcionários trabalhando.
Como os depoimentos eram opostos à maioria das testemunhas, o promotor deu voz de prisão aos dois. O porteiro voltou atrás no que disse, mas o vereador foi parar na delegacia.
Cerbi só foi liberado depois de mudar o depoimento. Mesmo assim, ele ainda confirma ter visto os funcionários na Câmara. “Como eu dei falso testemunho se aquele momento era o meu primeiro depoimento? Eu os via esporadicamente, mas não sei informar a quantidade de vezes. O depoimento continua”, explicou.
O advogado Edmilson Barbato, que representa o ex-presidente da Câmara e os supostos funcionários fantasmas, disse que, por enquanto, não vai se manifestar sobre o caso.
O processo continua na Justiça e ainda não há uma decisão. Como duas testemunhas de defesa não foram encontradas, o juiz determinou um prazo para que a defesa apresente os endereços, para que essas testemunhas se apresentem em outra audiência.
Eta Promotor porreta este tal de Dr.DANIEL se vier
ResponderExcluiraté o Fórum de Itirapina manda prender vários vereadores em Analândia é mole rsrsrsrsr