quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Matéria do Jornal Cidade de Rio Claro !

MP apura fraude em concurso de Analândia

03/08/2011 - 05h29 , sem atualização
 DENÚNCIA FOI FEITA PELA ONG AMASA E PELO EX-PRESIDENTE DA CÂMARA LEANDRO EDUARDO SANTARPIO. VEREADORES TERIAM SIDO BENEFICIADOS EM TROCA DE VOTOS
DENÚNCIA FOI FEITA PELA ONG AMASA E PELO EX-PRESIDENTE DA CÂMARA LEANDRO EDUARDO SANTARPIO. VEREADORES TERIAM SIDO BENEFICIADOS EM TROCA DE VOTOS
MP apura fraude em concurso de Analândia

Prédio da ONG Amasa que denunciou a suspeita de fraude no concurso realizado pela prefeitura (foto: blog Unidos por Analândia)

Ednéia Silva

OMinistério Público abriu inquérito civil para apurar se houve fraude em concurso realizado pela Prefeitura de Analândia em setembro do ano passado. Alguns vereadores teriam sido beneficiados com aprovação facilitada no certame em troca de votos a favor da prefeitura em projetos em votação na Câmara Municipal.

A denúncia foi feita ela ONG Amasa (Associação dos Amigos de Analândia). O secretário da diretoria da ONG, Valderlei Vivaldini Jr., conta que em setembro do ano passado a entidade recebeu denúncia e provas de que o concurso seria fraudado.

Diante do fato, a ONG denunciou o caso à Procuradoria Regional do Trabalho em Campinas no dia 3 de setembro de 2010, um dia antes da realização do certame. Depois disso mais duas denúncias foram feitas (em outubro de 2010 e em janeiro deste ano) ao Ministério Público que, em maio, abriu inquérito para apurar as denúncias.

Vivaldini explica que pelo menos cinco pessoas são suspeitas de terem sido beneficiadas no concurso, inclusive dois vereadores. Um deles é o parlamentar Luiz Carlos dos Santos, o Caqui, que foi aprovado para o cargo de encarregado de obras e serviços com salário de R$ 1.700,00.

O ex-presidente da Câmara Municipal, Leandro Santarpio, conta que dias antes do concurso flagrou o vereador Luiz Carlos dos Santos, conhecido como Caqui, dizendo que o concurso seria de cartas marcadas. O ex-presidente gravou uma conversa entre ele o vereador falando sobre o favorecimento. A gravação foi encaminhada à Justiça.

Vivaldini afirma que há documentos e testemunhas que comprovam a fraude. Candidatos que entregaram a prova em branco, mas foram aprovados no concurso. Segundo ele, por conta disso, há suspeitas sobre os concursos anteriores realizados pela prefeitura que foram feitos pela mesma empresa.

De acordo com Santarpio, o Ministério Público deu 10 dias de prazo para que a prefeitura e o vereador Caqui apresentassem defesa à promotoria. Em carta para a promotora responsável pelo inquérito, o parlamentar confirmou a denúncia de que teve a aprovação no concurso facilitada. Além disso, Caqui disse ter recebido R$ 3 mil do chefe do gabinete da prefeitura.

“... passei no referido concurso sem ter conhecimento suficiente para ser aprovado e recebi uma parte do dinheiro no valor de R$ 3.000,00 de Beto Perin conforme me havia prometido em troco de apoiar a Prefeitura Municipal na Câmara Municipal...”. Santos disse ainda que não foi nomeado para o cargo e não recebeu mais dinheiro porque não “obedeceu” a prefeitura em sua atuação na Câmara.

Para a ONG Amasa a confissão de Santos é uma evidência de corrupção o que gera dúvidas sobre o trabalho dos vereadores como representantes do povo. Em nota, Leandro Santarpio pede que a justiça seja feita em favor de uma gestão pública honesta e eficiente. “Sobre o concurso público realizado em 4 de setembro de 2010, que através de minha denúncia originou o Inquérito Civil nº 29/2011, peço que a Justiça seja feita e que puna os verdadeiros responsáveis por esta fraude, onde foi comprovada e confirmada a violação dos princípios do Art. 11 da Lei de Improbidade Administrativa”, diz a nota.

O vereador disse à reportagem que irá prestar todos os esclarecimentos à Justiça e não irá faltar com a verdade dos fatos, mas não gostaria de falar com a imprensa. Santos confirmou as informações contidas na carta encaminhada à promotoria. Ele afirma que o tumulto em Analândia está muito grande com pressão de quem está fora e dentro do poder. O vereador ressalta que mora em Analândia desde criança, constituiu família na cidade e está em seu terceiro mandato no Legislativo.

O prefeito de Analândia, Luiz Antônio Aparecido Garbuio e o chefe de gabinete, Beto Perin, também foram procurados para comentar as denúncias, mas a telefonista informou que eles não estavam na prefeitura e não tinha ninguém para falar sobre o assunto.

4 comentários:

  1. pelo que veja o caqui confirmou a fraude na gravação, na resposta ao MP e agora neste jornal.

    isso já não é prova suficiente.......???

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  2. ao sr. JOSÉ tudo o que acontece em ANALÂNDIA o sr. e a FAMILIA está envolvido, pensei e refleti será que esse povo NÃO está errado, o sr. em nossos encontros de amiguinhos DIZ QUE É PERSEGUIÇÃO POLÍTICA, descobri MENTIRA TEM PERNA CURTA.

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  3. Tudo para este cara de pau é perseguição política, tudo para este cara de pau o culpado é a oposição.
    Vê se enxerga não tá dando mais para enganar o povo seu imbecil.

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  4. PARA O ZÉ-EX ESSA TAL DE "PERSERGUIÇÃO POLÍTICA", NÃO PASSA DE UMA SIMPLES FIGURA DE RETÓRICA, E SERVE PARA EXPLICAR TUDO. ELE SÓ NÃO DIZ, COMO UM SIMPLES QUEBRADOR DE PEDRINHAS CONSEGUIU EM TÃO POUCO TEMPO DE VIDA PÚBLICA, AMEALHAR TANTO IMÓVEIS (ALGUNS EM NOME DE LARANJAS) E TANTO DINHEIRO QUE VEM TORRANDO PARA SE DEFENDER DE TANTOS PROCESSOS...SERÁ ELE O MAGO?!!!

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