Vereador assassinado em Analândia havia recebido ameaças, diz polícia
A polícia já ouviu cinco pessoas, mas ainda não identificou os dois homens que executaram o vereador Evaldo José Nalin , de Analândia, no último sábado. Ele foi assassinado com sete tiros. Nalin era escrivão de polícia e foi vereador e vice-prefeito em Itirapina, onde nasceu. Após se mudar para Analândia, conseguiu se eleger também vereador da cidade. Ele estava recebendo ameaças.
- Ele estava investigando a demissão em massa de 44 funcionários e no dia da votação de um requerimento para o prefeito prestar esclarecimentos, houve um desentendimento e ele foi ameaçado no momento da sessão - conta o vereador Rodrigo Balerini.
O vereador tinha um pedido de transferência feito pela Prefeitura ao delegado seccional de Rio Claro. Nalin, que estava no primeiro mandato, questionou a prestação de contas da prefeitura, em 2008. Ele pedia à presidência da Câmara que as contas passassem por auditoria, além de investigar outros indícios de irregularidades.
O prefeito de Analândia, Luizinho Garbuio, confirmou ter pedido a transferência de Evaldo Nalim e disse ter recebido reclamações sobre brigas entre o vereador e policiais militares, mas negou ter feito qualquer ameaça.
Para a polícia, não resta dúvida que o crime foi uma execução.
- Foi uma chegada abrupta, já foram à pessoa certa e efetuaram disparos em direção à cabeça, sem nenhum tipo de anúncio de assalto - afirma o delegado Roberto Daher.
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